"O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, considerou hoje "perfeitamente compreensível" o despacho do ministro das Finanças, que limita a despesa pública, face a "constrangimentos imediatos" orçamentais.
"Não é um despacho definitivo, é transitório, tendo em consideração a necessidade de adotar procedimentos que vão no sentido de detetar onde estão verdadeiramente os desperdícios, para não sacrificar os serviços públicos de qualidade", sustentou.
Para Guilherme d'Oliveira Martins, que falava aos jornalistas, em Lisboa, no final da entrega dos Prémios de Escola 2012, cujo júri presidiu, o despacho de Vítor Gaspar "é perfeitamente compreensível, tendo em consideração que há constrangimentos imediatos"
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Durante o dia de ontem e hoje políticos, deputados, reitores, bastonários, jornalistas e comentadores usaram o seu tempo e ocuparam o espaço dos orgãos de comunicação social aparentemente a falar do que não sabiam.
A irresponsabilidade é generalizada. Pacheco Pereira (que não sabe, seguramente, o que é um orçamento), por exemplo, chegou a dizer (na Quadratura do Círculo da SIC) que o despacho de Vítor Gaspar justificava a demissão do governo. Mas será que os tempos atuais não exigem mais responsabilidade aos políticos, comentadores e outros "paineleiros" em relação às afirmações que proferem? Será que não seria expectável que emitissem opinião tendo como base um estudo prévio e um conhecimento minimamente aprofundado das matérias em causa?
Neste momento, a maior parte das vezes as análises de "especialistas" deixaram de ser análises suportadas em conhecimento intrínseco, em factos e informações fidedignas para passarem a ser troca de "bitaites". Democracia significa liberdade de expressão mas também responsabilidade!
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