A prisão preventiva de José Sócrates é um dos assuntos incontornáveis de 2014. Concordo com a perspetiva de António Costa: “O que é importante para todos e para a sociedade democrática é que deixemos a justiça funcionar em todos os seus valores", o que significa "assegurar a presunção de inocência". Estaria, mais uma vez, a falar para dentro do Partido Socialista?
Não é isto, aparentemente, o que se tem passado.
De um lado ficamos a conhecer alguns dos fundamentos da acusação, através de alegadas fugas de informação, e cresce a sensação de que José Sócrates se enredou num processo de difícil explicação.
Por outro lado, vários militantes, deputados e ex-ministros do PS (portanto que têm ou tiveram responsabilidades legislativas e governativas) criticam, de uma forma agressiva, a justiça pelo facto de ter sido decretada prisão preventiva.
Enfim, o bom senso, escasseia...
José Sócrates, que escreveu várias cartas após a detenção, teve já oportunidade para esclarecer algumas dúvidas levantadas com este processo, mas tem preferido um discurso de vitimização.
Os comentadores políticos analisam as diferentes perspetivas para perceber quem ganha e perde com a designada operação Marquês. António Costa, ganha ou perde? e Passos Coelho? As dúvidas permanecem. Apesar de tudo, com José Sócrates detido preventivamente e sem motorista, o empresário Carlos Santos Silva (também detido preventivamente) reduziu, significativamente, o seu nível de doações?, empréstimos?, ...
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