domingo, 31 de março de 2013

Sócrates continua a manipular, ou está esquecido?


Portugal podia ter evitado o pedido de resgate caso o designado PEC IV tivesse sido aprovado na Assembleia da República, como disse José Sócrates na entrevista desta semana?

Não, claramente, não.

Quando o PEC IV foi apresentado, em 11 de março de 2011, para Portugal obter financiamento (empréstimos) nos mercados internacionais, pagava 7,60% de juros, valor acima do que Teixeira dos Santos (Ministro das Finanças) referiu como taxa de juro suportável (7,0%).

http://www.dinheirovivo.pt/Graficos/Detalhe/CIECO127800.html

domingo, 17 de março de 2013

O maior erro do governo foi não começar pelos 4 mil milhões...

"...Ao contrário da fé liberal que lhe é atribuída - e que, de facto, se manifesta de muitas maneiras - em matéria fiscal o Governo tem-se dedicado a fazer exactamente o oposto do que os liberais pregam há milénios: roubar a economia para sustentar o Estado, num processo suicida de empobrecimento da classe média e liquidação do tecido produtivo das PMEs...
Muita gente desconhece que hoje há quem viva apenas do seu trabalho e pague cerca de 70% de impostos, entre o IRS, a segurança social, o IMI e taxas camarárias - sem contar com os impostos indirectos como o IVA.
Se o Estado continuar todos os anos a gastar substancialmente mais do que tem, somando dívida à dívida, só lhe resta continuar a subir a carga fiscal...
Claro que se nos caísse do céu um Plano Marshall, ou se alguém se dispusesse a financiar-nos as tais políticas de crescimento de que fala o PS, tudo poderia ser diferente - mas apenas episodicamente, porque o problema de fundo manter-se-ia por resolver e regressaria depois.
O que eu mais cobro a este Governo, entre tantos erros de arrogância e incompetência, é ter tido uma oportunidade e 78.000 milhões para iniciar o processo inadiável de mudança e não o ter feito."

Miguel Sousa Tavares - jornal "Expresso" de 16 de Março de 2013

segunda-feira, 11 de março de 2013

De como falta referir a relação entre salários e produtividade

A relação entre a produtividade de Portugal e a média da União Europeia é apresentada no gráfico seguinte (dados do Eurostat) podendo-se constatar que o nível de produtividade em Portugal é dos mais baixos da União Europeia. Quanto maior é a produtividade (valor produzido por hora de trabalho) maior é a riqueza gerada e, como tal, mais elevados podem ser os salários.

Assim, quando se compara, por exemplo, o valor do salário  mínimo entre os países europeus não o podemos fazer de forma absoluta mas sim tendo em consideração os diferentes níveis de produtividade. Ou seja, quanto maior o nível de produtividade mais elevado tenderá a ser (ou poderá ser) o valor do salário mínimo (ou o valor do salário médio).

Este é um dos problemas mais graves da economia portuguesa. Para que os salários subam é indispensável que, em primeiro lugar, a produtividade aumente.

A produtividade depende, em larga medida, do valor acrescentado do que produzimos e vendemos. Se trabalharmos muitas horas e o que produzimos tiver reduzido valor acrescentado, a produtividade é baixa. Se produzirmos algo com elevado valor acrescentado mas não dominarmos as fases de distribuição e venda, a produtividade é baixa.