quarta-feira, 10 de abril de 2013

Despacho de Vítor Gaspar



"O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d'Oliveira Martins, considerou hoje "perfeitamente compreensível" o despacho do ministro das Finanças, que limita a despesa pública, face a "constrangimentos imediatos" orçamentais.
"Não é um despacho definitivo, é transitório, tendo em consideração a necessidade de adotar procedimentos que vão no sentido de detetar onde estão verdadeiramente os desperdícios, para não sacrificar os serviços públicos de qualidade", sustentou.
Para Guilherme d'Oliveira Martins, que falava aos jornalistas, em Lisboa, no final da entrega dos Prémios de Escola 2012, cujo júri presidiu, o despacho de Vítor Gaspar "é perfeitamente compreensível, tendo em consideração que há constrangimentos imediatos"
in www.ionline.pt
Durante o dia de ontem e hoje políticos, deputados, reitores, bastonários, jornalistas e comentadores usaram o seu tempo e ocuparam o espaço dos orgãos de comunicação social aparentemente a falar do que não sabiam.
A irresponsabilidade é generalizada. Pacheco Pereira  (que não sabe, seguramente, o que é um orçamento), por exemplo, chegou a dizer (na Quadratura do Círculo da SIC) que o despacho de Vítor Gaspar justificava a demissão do governo. Mas será que os tempos atuais não exigem mais responsabilidade aos políticos, comentadores e outros "paineleiros" em relação às afirmações que proferem? Será que não seria expectável que emitissem opinião tendo como base um estudo prévio e um conhecimento minimamente aprofundado das matérias em causa?
Neste momento, a maior parte das vezes as análises de "especialistas" deixaram de ser análises suportadas em conhecimento intrínseco, em factos e informações fidedignas para passarem a ser troca de "bitaites". Democracia significa liberdade de expressão mas também responsabilidade!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

sábado, 6 de abril de 2013

6 de Abril de 2011


"Uma emissão de dívida a dez anos marca o fim da resistência quando os juros pagos por Portugal ultrapassam a linha vermelha dos 7% e Teixeira dos Santos rompe com Sócrates e diz ao “Jornal de Negócios” que a ajuda internacional era inevitável. Algumas horas depois, Sócrates aparece nos ecrãs televisivos em mangas de camisa a perguntar ao seu assessor de imprensa: “Ó Luís, vê lá como é que fico.” Minutos depois, oficialmente, anuncia ao país o pedido de ajuda financeira às instâncias europeias e ao Fundo Monetário Internacional. Sai de S. Bento logo a seguir rumo a Belém para apresentar a demissão a Cavaco Silva.
Portugal estava à beira da bancarrota, sem governo e com um processo eleitoral pela frente que só iria terminar dois meses depois com a realização das legislativas antecipadas.
O governo demissionário negociou então com a troika - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - um Memorando de entendimento em troca de um empréstimo de 78 mil milhões de euros. O documento é assinado pelo executivo socialista, pelo PSD de Passos Coelho e pelo CDS de Paulo Portas.
Portugal era o terceiro país da zona euro a pedir ajuda externa, depois da Irlanda, o primeiro, e da Grécia, o segundo. Um Memorando que José Sócrates anunciou ao país como uma vitória portuguesa. E já lá vão dois de muitos anos de austeridade e recessão económica."
Retirado de www.ionline.pt