Um dos factos mais relevantes da presente campanha eleitoral é a completa ausência de Teixeira dos Santos. Atenção, Teixeira dos Santos foi, durante os dois governos de José Sócrates, uma espécie de "abono de família" do primeiro ministro aparecendo sempre que necessário para transmitir credibilidade às medidas dos dois governos que envolvessem as finanças públicas.
Porque razão Teixeira dos Santos se excluiu da actual campanha? Não era preciso muito. Bastaria, num dos comícios do PS, que Teixeira dos Santos aparecesse ao lado de José Sócrates (poderia ser, até, com a mesma pose com que compareceu na comunicação de José Sócrates ao país sobre as medidas da "troika"). Por outro lado, a sua presença teria um impacto positivo junto do eleitorado potencial do PS.
Só há uma leitura possível: Teixeira dos Santos aguentou até ao fim como ministro das finanças (com espírito de missão) pois sabia qual o impacto da sua demissão. Mas, claramente, tal não significa apoio à política, decisões e atitude do 1º ministro principalmente nos últimos meses de governação. Teixeira dos Santos não acredita em José Sócrates como 1º ministro. Teixeira dos Santos é um dos portugueses que melhor conhece José Sócrates!
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