Francisco Louçã publicou (com mais 3 economistas, incluindo um atual deputado do PS) um estudo com proposta de reestruturação da dívida de Portugal (pública e privada) - "Um programa sustentável para a reestruturação da dívida portuguesa".
Temos que louvar a iniciativa de Francisco Louçã. Passa do slogan "reestruturar a dívida" que é simpática para uma grande parte do eleitorado, para a descrição em concreto do seu impacto para os portugueses.
Salienta-se como um dos impactos mais imediatos, a falência das instituições bancárias portuguesas (detentoras de uma parte significativa da dívida) com a necessidade de intervenção do Estado e a perda imediata de património e rendimento de depositantes (diz-se, com depósitos superiores a 100.000 €). No restante, teriamos, aparentemente, um caminho rápido para a sovietização ou albanização de Portugal.
Falta agora um estudo similar que explique ao eleitorado qual o impacto da saída do euro. Seria relevante, para sairmos da discussão abstrata e ideológica (tão ao gosto da esquerda revolucionária e "caviar") e passarmos para uma análise concreta e séria do impacto para os portugueses da saída do euro.
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