sábado, 27 de setembro de 2014

Conselho Económico Social não é ambicioso


"No documento de trabalho, a que a agência Lusa teve acesso, o CES considera que, sem um crescimento económico médio anual nos próximos anos de cerca de 2% a 2,5%, não haverá qualquer esperança para a criação de emprego produtivo, nem será possível cumprir o Tratado Orçamental sem a existência de altos níveis de austeridade"
O CES entende que a 1ª Opção deveria ser o crescimento económico e, a partir dessa assunção, elencar todo um conjunto de premissas e condicionantes, nas quais, necessariamente, se incluem as de natureza financeira, mas também uma análise cuidada do que se poderá fazer em termos de redução de custos de contexto das empresas", diz o projeto de parecer do CES sobre a proposta governamental de GOP, enviado hoje aos parceiros sociais."
Retirado do Jornal Expresso on line em 25 de setembro de 2014


O Conselho Económico Social é pouco ambicioso nas suas propostas. Porquê 2 a 2,5% e não 3 a 3,5%?
Dado que no documento em causa não se explica como se consegue um crescimento económico de 2 a 2,5% é sempre possível elevar a meta...

Quer dizer, o CES defende que o governo no seu orçamento para 2015 deve partir de um pressuposto de que vai existir um crescimento económico de 2 a 2,5% e "a partir dessa assunção, elencar todo um conjunto de premissa e condicionantes..." Enfim, o CES aconselha o governo a desenvolver o seu orçamento a partir de um "wishful thinking". 

Aguardamos que, em próximo documento do CES, se inclua uma proposta de Decreto Lei para o governo decretar em concreto e em Diário de República o crescimento económico de 2 a 2,5 % (espero que até lá o CES se decida quanto ao valor. Já agora, por favor, sejam um pouco mais ambiciosos...)

sábado, 20 de setembro de 2014

Escócia, Catalunha...






"Uma vitória do exército do silêncio como lhe chamou o Financial Times ou dos escoceses recatados que fizeram ouvir a sua voz..."
"Foi uma enorme lição de civismo e, em especial para a comunicação social, a recordação de que nem tudo o que parece e mais barulho faz, vence"
"O que estava em causa não era nem a identidade escocesa, nem a justiça, nem a democracia, nem a liberdade. Era a demagogia que se tem espalhado pela Europa e que leva comunidades com mais recursos a querer desligar-se de regiões mais pobres"
Henrique Monteiro - Expresso de 20 setembro 2014


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Suplementos


Eis o que acontece quando juntamos má gestão e corporativismo:

"No levantamento feito, no ano passado, pelo Ministério das Finanças, conclui-se que há 280 suplementos diferentes pagos aos funcionários públicos além do seu salário base. São suplementos tão diferenciados como para gratificar "tratador de canídeos ou de solípedes" ou para "toque de sino nas cerimónias solenes e colocação de bandeira". Há ainda ministérios com a prerrogativa única de pagar "suplemento de colónia de férias" ou para garantir a "redução do preço dos comboios". Tudo somado, o custo anual dos suplementos remuneratórios dos funcionários públicos custa 700 milhões de euros.

Desta fatura dos suplementos ficam de fora os subsídios obrigatórios que o Estado tem de pagar aos seus funcionários: como o de refeição (520 milhões de euros) e ajudas de custo (120 milhões de euros). São apenas complementos salariais, muitos deles exclusivos de cada ministério, que são abordados no relatório das Finanças. E são, de facto, imensos."

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/ha-quem-receba-suplementos-do-estado-para-tocar-um-sino=f889130#ixzz3D2m6MtZ1