Os últimos tempos têm sido pródigos em situações que ilustram, de forma clara, as razões que nos trouxeram até aqui, ou seja, à necessidade de apoio financeiro internacional:
- Trabalhadores da TAP e da CGD já não vão ter redução salarial - o nível salarial depende da força dos sindicatos e da proximidade das empresas à administração central;
- Parque escolar com derrapagens orçamentais de 70 % de acordo com Relatório de Auditoria da IGF - os gestores públicos continuam sem perceber as palavras "cumprir um orçamento" e os contribuintes pagam o desvio orçamental através de mais impostos;
- Lusoponte recebe a duplicar, compensação do Estado e receitas das portagens em Agosto - como sempre, o dinheiro dos cidadãos é utilizado para cobrir erros políticos (contratos com Lusoponte) ou erros de gestão (se a receita não ficasse na Lusoponte ficaria na Estradas de Portugal);
- "É a EDP que financia os consumidores" disse Pedro Mexia na apresentação dos resultados da empresa em 2011 (mais de 1000 milhões de lucro) - os monopólios mantêm-se e não se vislumbra qualquer alteração;
- Mário Nogueira anuncia que fenprof adere à greve de 22 de Março - a generalidade dos sindicatos da administração pública está politizada e não acrescenta valor nem aos profissionais nem à sociedade.
O governo de Pedro Passos Coelho parece estar já aculturado ao sistema político que nos envolve desde há mais de 20 anos. Enfrentar corporações profissionais? Penalizar incumprimento grosseiro de orçamentos em empresas públicas? Acabar com monopólios?
O pior do que nos está a acontecer é que estamos a pagar os erros políticos e de gestão do passado mas tudo se mantém igual. Será que não aprendemos?
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