Cresce o número de políticos que em cada intervenção pública referem que "deve ser dada prioridade ao crescimento económico" na Europa e em Portugal.
Percebe-se porquê. Quer dizer, se existir crescimento económico há geração de emprego, seja através da atividade privada ou pública. Assim, este discurso é agradável para a generalidade do eleitorado que já não quer ouvir mais a palavra "austeridade".
A questão principal é "como"? E aí as respostas são inexistentes ou vagas. Jerónimo de Sousa refere que as empresas devem produzir mais, Francisco Louçã apela ao investimento público e António José Seguro fica apenas pelo "soundyte".
O problema é que Portugal e a Europa têm problemas estruturais a resolver. Para as empresas privadas produzirem mais têm de ser competitivas para vender mais ou melhor e a competição é, hoje em dia, global. Não se resolve esta situação por decreto, veja-se a atual situação do Grupo PSA em França e a impotência de Hollande para a resolver.
O investimento público requer dinheiro que é precisamente um dos problemas principais com que o Estado português se debate.
O mundo mudou e as condições que permitiram o crescimento da Europa nos últimos 40 anos do séc. XX já não existem. Manter um discurso tipo "Maio 68" não resolve a situação de Portugal e da Europa no séx. XXI.
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