A nomeação de Manuel Frexes (presidente da Câmara de Fundão) para a empresa Águas de Portugal é peculiar.
Em primeiro lugar, não se consegue perceber porque se convida um autarca no activo que deveria cumprir o mandato até ao seu final, com base no compromisso eleitoral implícito no momento em que se candidatou. Não existe em Portugal mais ninguém com qualificação e competência para este cargo?
Em segundo lugar, de acordo com notícias não desmentidas, a câmara de Fundão tem um diferendo com a empresa Águas de Portugal do qual resulta uma dívida reclamada por esta empresa de 7,5 milhões de euros.
É verdade que esta situação (deixar acumular uma dívida deste montante) não é nada abonatória para a gestão actual da Águas de Portugal mas também não se pode considerar um cartão de recomendação muito favorável para o presidente da câmara de Fundão.
Aparentemente, a ministra Assunção Cristas considera estes factos normais. Enfim, uma espécie de convite aos autarcas para que as câmaras municipais deixem de pagar água e luz. Poderá ser que assim se tornem os militantes indicados para cargos de gestão, supervisão e assessoria da Águas de Portugal e EDP.
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