Um dos temas da campanha é a insistência dos chamados partidos de esquerda na necessidade de reestruturar a dívida soberana portuguesa.
É um discurso apelativo porque traz consigo uma mensagem subliminar: não há necessidade de qualquer mudança no nosso modo de vida porque a dívida não é para ser paga na totalidade e o que for para pagar poderá ser a "perder de vista". Ou seja, podemos continuar a usufruir de 25 dias de férias (é o mínimo na função pública), reforma por inteiro aos 65 anos, saúde totalmente gratuita, e outros "direitos adquiridos" que não há problema...nada tem de mudar!
Será este o discurso certo neste momento? Assinamos um acordo há 1 mês com FMI, UE e BCE e já estamos a dizer que não o pretendemos cumprir?
Pedro Passos Coelho admitiu recentemente a possibilidade de renegociar a dívida a médio / longo prazo. Mas para isso, Portugal terá de ter uma posição negocial bem mais forte do que a actual. Quer dizer, sem os cerca de 6 mil milhões de euros que recebemos esta semana o Estado teria de decretar a bancarrota! Ou seja...estamos falidos!
Neste momento, Portugal deve-se focalizar no cumprimento do acordo. Não tem outra saída...
domingo, 29 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Parcerias público - privadas: é só desancar no cidadão!
Hoje ouvi um comentário sobre parcerias público-privadas que ilustra o sentimento geral dos portugueses em relação a este tipo de "modelo de negócio". Um analista comparou estas parcerias ao caso (lamentável) da agressão de 2 jovens a 1 jovem com imagens colocadas no facebook. Dizia ele: as parcerias público privadas são parecidas a este episódio de violência - dois em conjunto (Estado e entidade privada) a "desancar" no povo!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Votos brancos deveriam ser cadeiras vazias na AR
O voto em branco é uma manifestação de vontade expressa do eleitor. Ou seja, o cidadão desloca-se à assembleia de voto para manifestar que não existe (na sua perspectiva) uma alternativa válida que mereça o seu voto.
É um voto deliberado e em consciência.
Neste sentido, deveria ter correspondência na representação na Assembleia da República sendo considerado para todos os efeitos.
Os votos em branco deveriam ser representados, proporcionalmente, por cadeiras vazias na Assembleia da República.
É um voto deliberado e em consciência.
Neste sentido, deveria ter correspondência na representação na Assembleia da República sendo considerado para todos os efeitos.
Os votos em branco deveriam ser representados, proporcionalmente, por cadeiras vazias na Assembleia da República.
sábado, 21 de maio de 2011
Urge mudar o sistema eleitoral
O actual sistema democrático está em falência técnica. Verdadeiramente, não elegemos um deputado que nos representa. Cada partido elege um conjunto de deputados que se submete (normalmente) às decisões do "núcleo duro" do partido.
Como referiu António Barreto recentemente, até a contagem das votações é feita "à manada". A colocação dos militantes nas listas de deputados parece, frequentemente, ser baseada em critérios distantes do mérito.
Os deputados não dependem dos eleitores mas sim dos aparelhos partidários.
A partidocracia é um dos principais problemas do nosso regime. O tráfico de influências, o financiamento partidário, a promiscuidade entre partidos, Estado e entidades privadas e públicas conduziu-nos a a uma situação, praticamente, insanável.
Urge mudar o sistema eleitoral. É necessário que os cidadãos sintam que a sua participação nas eleições representa mais (mas muito mais) do que acontece actualmente. Se tal não acontecer, a pressão da opinião pública vai aumentar significativamente (não só em Portugal, vejamos o que está a acontecer em Espanha) com convulsões sociais sérias. No fundo, por exemplo em Espanha, as pessoas querem intervir, tomar parte nas decisões mas a partidocracia instalada colocou barreiras intransponíveis!
Como referiu António Barreto recentemente, até a contagem das votações é feita "à manada". A colocação dos militantes nas listas de deputados parece, frequentemente, ser baseada em critérios distantes do mérito.
Os deputados não dependem dos eleitores mas sim dos aparelhos partidários.
A partidocracia é um dos principais problemas do nosso regime. O tráfico de influências, o financiamento partidário, a promiscuidade entre partidos, Estado e entidades privadas e públicas conduziu-nos a a uma situação, praticamente, insanável.
Urge mudar o sistema eleitoral. É necessário que os cidadãos sintam que a sua participação nas eleições representa mais (mas muito mais) do que acontece actualmente. Se tal não acontecer, a pressão da opinião pública vai aumentar significativamente (não só em Portugal, vejamos o que está a acontecer em Espanha) com convulsões sociais sérias. No fundo, por exemplo em Espanha, as pessoas querem intervir, tomar parte nas decisões mas a partidocracia instalada colocou barreiras intransponíveis!
sábado, 14 de maio de 2011
Sócrates e forum TSF
Recentemente, no âmbito da presente campanha eleitoral, José Sócrates foi convidado para participar no Forum TSF. Este programa tem como objectivo dar voz ao cidadão comum. Seria, então, de esperar que José Sócrates estivesse disponível para (democraticamente) ouvir as questões dos seus concidadãos e aproveitar, assim, esta oportunidade para (quase) em diálogo esclarecer quanto às suas opções no passado e a sua perspectiva de actuação para o futuro. Seguramente, o espírito democrático do actual 1º ministro seria posto à prova: ouviria opiniões e questões eventualmente incómodas mas teria oportunidade para as rebater (se fosse caso disso).
Quem pensava que o 1º ministro tinha este espírito ficou rapidamente desenganado. Todas as intervenções dos ouvintes que participaram foram para tecer elogios à excelente governação de José Sócrates.
Será que o gabinete de comunicação do 1º ministro preparou esta encenação? Se assim foi (e eu acredito que sim) este facto demonstra a falta de cultura democrática e o gosto desmesurado pela encenação política. Não confio qm quem faz política desta forma!
Quem pensava que o 1º ministro tinha este espírito ficou rapidamente desenganado. Todas as intervenções dos ouvintes que participaram foram para tecer elogios à excelente governação de José Sócrates.
Será que o gabinete de comunicação do 1º ministro preparou esta encenação? Se assim foi (e eu acredito que sim) este facto demonstra a falta de cultura democrática e o gosto desmesurado pela encenação política. Não confio qm quem faz política desta forma!
domingo, 8 de maio de 2011
Programa do PSD refere redução de deputados
O programa do PSD vai ao encontro do texto publicado ontem em que sugeriamos a redução do nº de deputados da AR.
Este partido propõe uma redução dos actuais 230 para 181 deputados. Nota: esta dos 181 faz-me lembrar Paulo Futre: provavelmente serão 180 + 1 (só não sei se será chinês).
Não há referência a círculos uninominais apesar de figuras proeminentes (Santana Lopes e Marques Mendes, pelo menos) já o terem sugerido.
De qualquer forma, ainda há muito a reduzir para o PSD chegar aos 12 que sugeri. Numa perspectiva de aproximar a minha proposta da do PSD proponho agora 13 deputados (exactamente, 12 + 1)!
Este partido propõe uma redução dos actuais 230 para 181 deputados. Nota: esta dos 181 faz-me lembrar Paulo Futre: provavelmente serão 180 + 1 (só não sei se será chinês).
Não há referência a círculos uninominais apesar de figuras proeminentes (Santana Lopes e Marques Mendes, pelo menos) já o terem sugerido.
De qualquer forma, ainda há muito a reduzir para o PSD chegar aos 12 que sugeri. Numa perspectiva de aproximar a minha proposta da do PSD proponho agora 13 deputados (exactamente, 12 + 1)!
sábado, 7 de maio de 2011
Os problemas de base da nossa democracia continuam
Recentemente, vi uma entrevista na RTP com António Barreto em que este se referiu ao sistema de votação na Assembleia da República como "votação em manada". É verdade!
Na AR cada deputado não tem individualidade, vontade própria. A decisão em cada votação cabe ao núcleo central do partido de acordo, muitas vezes, com os seus interesses político - partidários do momento.
Num período em que muito se discute a situação económico-financeira de Portugal convém não esquecer a necessidade de mudar o nosso sistema eleitoral. O actual apenas suporta uma partidocracia decadente.
Se não for implementado um sistema uninominal bem poderemos reduzir o nº de deputados para, no máximo, uma dúzia (1 ou 2 por partido político). Pelo menos reduziamos significativamente os custos...
Na AR cada deputado não tem individualidade, vontade própria. A decisão em cada votação cabe ao núcleo central do partido de acordo, muitas vezes, com os seus interesses político - partidários do momento.
Num período em que muito se discute a situação económico-financeira de Portugal convém não esquecer a necessidade de mudar o nosso sistema eleitoral. O actual apenas suporta uma partidocracia decadente.
Se não for implementado um sistema uninominal bem poderemos reduzir o nº de deputados para, no máximo, uma dúzia (1 ou 2 por partido político). Pelo menos reduziamos significativamente os custos...
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