Passaram-se 50 anos desde o início da construção do Muro de Berlim (início de construção em 13 de Agosto de 1961).
Ao longo dos seus quase 30 anos de existência, perderam a vida 136 pessoas ao tentar passar de Leste para Ocidente.
Sou europeísta convicto porque acredito que todos podemos ganhar se os problemas actuais e futuros forem resolvidos colectivamente. Hoje em dia, enfrentamos problemas (e não estou só a falar de problemas económicos) para os quais não existem soluções locais, apenas soluções colectivas, globais.
A União Europeia (UE) tem sido essencial para manter a paz na Europa e tem a dimensão necessária para que seja considerada, em termos geoestratégicos, na disputa de poder global (económico e não só) entre os grandes blocos (China, Rússia, Índia, Japão e EUA) constituídos após o desmembramento da URSS. Para além disso, não podemos esquecer que estamos geograficamente na Europa e que somos parte dos valores que suportam a “cultura” europeia.
Resumindo, sou europeísta por uma questão de princípios.
Os líderes europeus continuam a navegar à vista (como diz Mário Soares) “entalados” pelas sondagens nos seus países (Alemanha e França, principalmente) por opiniões públicas voláteis e que olham a para a construção da UE ao sabor dos seus interesses pessoais, corporativos (frequentemente egoístas) do momento.
Assim, a extrema direita cresce, em vários países europeus, suportada na defesa de ideias políticas isolacionistas e proteccionistas completamente contrárias ao espirito de construção da Europa. Enfim, defende-se a construção de novos “muros” entre os países europeus e destes com o resto do mundo.
Acho que ainda não percebemos bem o caminho que podemos percorrer caso não exista, rapidamente, um aprofundamento da construção política e económica da União Europeia. Não por causa da crise, mas sim porque é o desenvolvimento natural da ideia da Europa que nasceu em Roma em 1957.
Por favor...mais muros não!
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