terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Grécia vai ser a Venezuela da Europa?


Na Grécia e em Espanha estamos a assistir ao renascimento de correntes marxistas, sem a designação do século XX, de "partido comunista". Os partidos comunistas europeus desapareceram quase por completo após a queda do muro de Berlim. Os partidos que subsistiram inicialmente (por exemplo, em Itália) afastaram-se claramente das políticas soviéticas (já o tinham feito anteriormente e acentuaram essa tendência, posteriormente).

Em Portugal, manteve-se o único partido comunista europeu que continuou (e continua) a defender a política da ex-URSS e as práticas ditatoriais de Estaline. O PCP foi pioneiro na transformação do seu nome e símbolo quando participa em eleições. "Criou" um partido dito ecologista "Os Verdes" (uma espécie de "melancias" - como referiu Sócrates num debate parlamentar) e a partir daí uma coligação com designação CDU. Não foi suficientemente convincente.

Na Europa, nomeadamente na Grécia e Espanha as correntes marxistas foram mais longe na utilização de princípios de marketing. É um espécie de marketing do séc. XXI. Elimina-se a designação "comunista" e criam-se partidos baseados em designações que se vendem por si próprias sustentadas numa liderança forte e com slogans apelativos.

Não se conhecem linhas programáticas...trata-se de navegar no "contra" e utilizar, sempre, a linguagem do pragmatismo para captar votos. Tal como o PCP são contra a UE, o euro e a Nato. Defendem o capitalismo de Estado,

Veremos o evoluir da situação na Grécia...mas parece-me que tudo estava já decidido no início...só é necessário justificar ao eleitorado grego a saída do euro...

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