domingo, 30 de outubro de 2016

Déjà vu?


"O negócio da paz tem feito a fortuna de Costa, que parece governar sem críticas e funciona como conta-poupança para o BE e o PCP que por cada dia de paz deixam marcas nas leis e no aparelho de Estado. Mas e depois? Como vai ser quando tudo isto acabar? O preço da paz de Costa vai chegar então nos acordos de trabalho blindados nas empresas públicas, nas leis anacrónicas, nos garantismos que ninguém poderá pagar.
Pior que ter de ouvir Costa a dizer-nos agora que vivemos num clima de paz social e de normalidade institucional, como se não soubesse quão caro isso nos está a custar, vai ser ver montar o arraial da indignação aos profissionais do costume, dizendo as coisas do costume. Afinal a única coisa que muda neste filme são os impostos que os parvos do costume têm de pagar para que não falte nada aos compradores-vendedores de paz."
Helena Matos in http://observador.pt/opiniao/vende-se-paz-social-aceitam-se-contrapartidas/

domingo, 23 de outubro de 2016

Hungria...outubro de 1956


O novo governo declarou a intenção de se retirar do Pacto de Varsóvia e prometeu eleições livres e tudo parecia ter voltado à normalidade quando, no dia 4 de novembro, os tanques russos entraram em Budapeste e foi desencadeada uma repressão brutal. Ferenc Vogyerák aponta para o lugar onde viu serem fuzilados civis: “Os soviéticos viram as pessoas na fila diante da padaria e sem motivo nenhum começaram a disparar. Morreram muitas pessoas, os corpos ficaram espalhados aqui.” A repressão soviética ao movimento de revolta conduziu à morte de 20 mil húngaros, e obrigou mais de 200 mil pessoas a fugir e pedir asilo noutros países.
http://pt.euronews.com/2016/10/23/hungria-1956-uma-revolucao-esmagada-pelos-tanques-sovieticos


sábado, 15 de outubro de 2016

Onde António Costa fala do OE 2017 e "Diz que é um orçamento, mas, verdadeiramente, não parece"



"É claro que todos os orçamentos são a expressão da política, e da ideologia, de quem governa, e por isso ninguém pode estar verdadeiramente surpreendido com as opções que estão em cima da mesa. Mas um orçamento deve ser mais do que receitas e despesas. O problema é que, mesmo salvaguardando o facto de a proposta ainda não ser conhecida em detalhe a esta hora, do que se sabe, já não há sequer coerência nos objetivos de política económica. 

A proposta de orçamento - a prestações nas pensões e na redução da sobretaxa de IRS - dá de um lado e tira do outro, atira de forma avulsa a impostos onde ainda haverá margem de crescimento da receita e pouco mais. É curto.

É melhor baixar as expetativas. Não será com este orçamento que vamos mudar de vida, não será com este orçamento que Portugal vai atrair investimento, que a economia vai crescer acima dos anémicos 1%. Se ao menos permitir que Portugal saia do procedimento de défices excessivos e se continuar a garantir o acesso da República aos mercados, dar-me-ei por satisfeito."


Retirado de: António Costa - ECO Login

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Aleppo...mostra a hipocrisia da generalidade dos movimentos "pacifistas" europeus


A Rússia vetou uma resolução das Nações Unidas para que se parassem os ataques aéreos a Aleppo, isto poucos dias depois de ter violado o acordo de paz que durou...horas.

De acordo com últimas informações das Nações Unidas, o conflito na Síria causou mais de 300.000 mortos desde 2011 e provocou a pior tragédia humanitária, com vários milhões de deslocados, desde a Segunda Guerra Mundial.

Afirma e pergunta Nuno Rogeiro:

"Porque é que a força aérea russa se encarniça sobre Aleppo, onde não há Daesh, e não faz o mesmo em Deir Ez-Zor ou Raqqa, Al Tabqah ou Madan, Slaba ou Groh, onde há?

Será preciso explicar?"
 


Mais surpreendente é o facto de na Europa as vozes dos "intelectuais, ativistas, pacifistas" estarem completamente mudas. Não há manifestações em frente às embaixadas da Rússia nem, pelo menos, petições públicas a pedir (estes movimentos não pedem...exigem), a exigir o fim dos ataques aéreos. 

Em Portugal, o risível Conselho Nacional para a Paz e Cooperação, organismo criado pelo PCP e atualmente dirigido por Ilda Figueiredo, é uma amostra clara dos movimentos europeus anti NATO e saudosistas do regime soviético. Bombas mortíferas só as da NATO...na página do cccp (perdão cnpc) ficamos a saber que, proximamente, teremos a Semana cultural da Venezuela em Portugal. 
De Aleppo...nada. Ficamos a saber que, para estes movimentos "pacifistas", a solidariedade para com o sofrimento da guerra só existe se intervier a NATO...o resto não é sofrimento a destruição em Allepo, os mortos e feridos são apenas efeitos colaterais!

domingo, 9 de outubro de 2016

Razões fortes para não escolher Donald Trump para presidente dos EUA


As eleições nos EUA são relevantes para todo o mundo pois a escolha que vai ser efetuada pelos americanos terá impacto nos equilíbrios geo estratégicos políticos, económicos e militares dos próximos anos. 

É convicção, aparentemente, generalizada no Ocidente que a vitória de Hillary Clinton deverá significar uma continuidade no tipo de discurso e atuação políticas dos EUA. Ou seja, à partida, uma postura ditada, evidentemente pelos interesses americanos, mas de certa forma previsível e tendo em consideração os interesses dos países aliados europeus da NATO.

Já uma vitória de Donald Trump terá um impacto imprevisível sobre os atuais equilíbrios referidos. O regresso a uma política proteccionista (desastroso para uma pequena economia como a portuguesa) poderia ser o menor dos problemas.

Os argumentos mais consistentes para não votar em Donald Trump vêm do lado de militantes do partido Republicano:

Senador John Mccain anterior - ex candidato republicano 
In addition to my well known differences with Donald Trump on public policy issues, I have raised questions about his character after his comments on Prisoners of War, the Khan Gold Star family, Judge Curiel and earlier inappropriate comments about women. Just this week, he made outrageous statements about the innocent men in the Central Park Five case.
Cindy and I will not vote for Donald Trump. I have never voted for a Democratic presidential candidate and we will not vote for Hillary Clinton. We will write in the name of some good conservative Republican who is qualified to be President.”

Ex Governador da California Arnold Schwarzenegger
But as proud as I am to label myself a Republican, there is one label that I hold above all else - American. So I want to take a moment to remind my fellow Republicans that it is not only acceptableto choose your country over your party - it´s your duty


sábado, 8 de outubro de 2016

Mais um momento em que António Costa confunde governação com comunicação e marketing político...



"O Estado deu um passo importante ao aliviar a pressão das dívidas fiscais de muitas empresas relativamente à Segurança Social e à Administração Fiscal. Não se trata de nenhum perdão fiscal, porque quem deve vai ter que pagar aquilo que deve", disse António Costa, durante a iniciativa COMPETE 2020 - Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, que decorreu no Montijo.

in http://expresso.sapo.pt/politica/2016-10-07-Costa-Nao-vai-haver-nenhum-perdao-fiscal

domingo, 2 de outubro de 2016

Inoportuna e com argumento falso

Notícia do Diário Económico de 17.08.2016:
Em reposta ao Económico, por e-mail, fonte oficial do Ministério das Finanças sublinha que o projecto de diploma do Governo “resulta no essencial de compromissos internacionais com carácter vinculativo assumidos pelo Estado português”.
A mesma fonte refere que em causa está a directiva DAC2, que prevê um mecanismo automático de acesso e troca de informações financeiras em relação a contas detidas em Portugal por não residentes e a contas detidas por residentes no estrangeiro, incluindo cidadãos portugueses
“Portugal encontra-se numa situação de incumprimento perante a União Europeia por ainda não ter sido transposta” esta directiva, salienta o Ministério das Finanças ao Económico.
De acordo com texto do veto do Presidente da República:
4. Relativamente a esta segunda parte do Diploma suscitaram-se objeções de vária natureza, colocadas por variados quadrantes políticos e institucionais:
1.º Que esse alargamento a portugueses ou outros residentes, incluindo sem qualquer atividade fiscal ou bancária fora de Portugal, não era imposto por nenhum compromisso externo.

Ou seja, falso e, diz o PR, inoportuno:

. Sem embargo da relevância que possa ser atribuída às diversas objeções enumeradas, a decisão tomada quanto a este decreto baseia-se, antes do mais, na sua patente inoportunidade política.
Vivemos num tempo em que dois problemas cruciais, entre si ligados, dominam a situação financeira e económica nacional.
O primeiro é o de que se encontra ainda em curso uma muito sensível consolidação do nosso sistema bancário. O segundo, com ele intimamente associado, é o da confiança dos portugueses, depositantes, aforradores e investidores, essencial para o difícil arranque do investimento, sem o qual não haverá nem crescimento e emprego, nem sustentação para a estabilização financeira duradoura.