segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Afinal Jerónimo de Sousa conhece um sistema eleitoral inovador...por telepatia?


"Foi o povo cubano que escolheu aquele caminho. Trata-se de insolência e ingerência considerar que o povo cubano não deveria ter feito assim. O povo cubano sabe o que fez."

Jerónimo de Sousa à saída da Embaixada de Cuba em 27 de novembro de 2016

"Ironia das ironias, no mundo livre foram muitos os que o homenagearam e choraram a morte de um inimigo da liberdade. Inquieta este confronto com a fragilidade dos valores democráticos, tão facilmente encostados quando os elogios a um tirano se impõem. Está claro que o tempo apaga tudo, incluindo a memória. E que essa é a lição que os comunistas nunca esqueceram: reescrever a história compensa, porque uma mentira contada muitas vezes ascende a verdade. Que aprendamos todos a lição, também, e levemos a sério o alerta que a morte do ditador cubano reforçou. Hoje foi Fidel Castro. Amanhã serão os nossos filhos a duvidar da repressão que justificou o Muro de Berlim. Porque ninguém lava a história como os comunistas. E ninguém como os comunistas conta com a história para os absolver dos seus crimes."

Alexandre Homem Cristo in http://observador.pt/opiniao/ninguem-lava-a-historia-como-os-comunistas/

domingo, 27 de novembro de 2016

Morreu Fidel Castro, ditador em Cuba, figura icónica do século XX...mas, claro, devemos ter cuidado com os ícones!



25 de novembro de 1975...


Aparentemente, assiste-se a um certo esvaziamento da relevância histórica, para Portugal, do dia 25 de novembro de 1975.
Não devemos viver da História. Devemos viver o presente e preparar o futuro. Mas a História é constituída pelo relato das experiências de outras gerações, que deveriam ajudar a analisar o tempo presente e tomar consciência do potencial impacto, para a vida de todos, de princípios ideológicos totalitários já utilizados no passado.
A omissão ou a manipulação da História não devem ser consentidas.



domingo, 20 de novembro de 2016

Onde se constata que Frente Nacional, Podemos e PCP não são assim tão diferentes


"O programa político da FN está dividido em cinco áreas: “Autoridade do Estado”, “Futuro da Nação”, “Política Estrangeira”, “Recuperação Económica e Social” e “Refundação Republicana”.
Na primeira delas, onde se discute a Defesa, o Estado, a Imigração ou a Justiça, aí, mais do que em qualquer das outras quatro áreas, distinguem-se os ideais de extrema-direita (sobretudo anti-imigração) que a FN defende. Mas em áreas como o “Futuro da Nação” ou a “Política Estrangeira”, os extremos tocam-se e o partido de Le Pen defende, como a extrema-esquerda o defende também, uma saída francesa da moeda única, um maior controlo do Estado (a FN fala de um “Estado forte”) sobre a economia ou uma saída da França da NATO — numa primeira fase seria só a saída do comando integrado, como aconteceu em 1966 com o general De Gaulle."
in http://observador.pt/especiais/frente-nacional-au-revoir-ao-euro-nato-schengen-bienvenu/

domingo, 13 de novembro de 2016

Defender a UE contra soluções populistas da direita e da esquerda radicais


"A ideia de que o Estado-Nação encontrará as soluções que escapam à União Europeia é falsa. As enormes dificuldades enfrentadas pela União Europeia - desde as alterações climáticas ao declínio económico relativo enfrentado pela Europa - não desaparecerão com ela, em caso de dissolução ou secessão. O nacionalismo, sabe-o bem, ainda, a Europa, é uma força destruidora  - comprovamo-lo (mais uma vez) há não muito tempo, durante a agonia da Jugoslávia. Do regresso de fronteiras físicas e económicas e de qualquer tipo de proteccionismos entre Estados europeus resultará um nivelamento por baixo da produção intelectual e científica, o estagnar da vida económica de todos os ex-Estados membros e o fim de qualquer veleidade de ascensão social."

Filipe Ribeiro de Meneses in Revista Expresso 5 de novembro 2016