Interessante o artigo do Expresso com o título "Dez coisas que ficamos a saber neste mês de governo". Enfim, é cedo para avaliar e não quero engrossar o coro dos (sempre) maldizentes. Há sinais de afastamento em relação ao governo anterior mas as diferenças, são, para já, maioritariamente de estilo (o que, sendo relevante, não é decisivo). Ao contrário, rapidamente se conseguem elencar algumas semelhanças com o governo Sócrates:
- Aumento de impostos para reduzir o défice apesar de, por exemplo, Paulo Portas há nove meses dizer: "a espoliação fiscal é de tal ordem que só pode ter efeitos perversos: economicamente a recessão, fiscalmente, a informalidade e a evasão";
- Redução de despesas "emblemáticas", "simbólicas" (quer dizer, para título dos media?), ou seja, "peanuts"! Ficamos a saber que no Ministério da Agricultura se irá poupar uns tostões com a energia do ar condicionado assim como soubemos que a ministra Ana Jorge reduziu os custos dos Hospitais com a água engarrafada;
- Resolução do défice de empresas públicas através, principalmente, da contribuição do cidadão utilizador e não através da diminuição efectiva dos custos de estrutura das referidas empresas (caso RTP com Sócrates e agora empresas de transporte).
Por incrível que pareça, é no blogue Desmitos (de Álvaro Santos Pereira actual Ministro da Economia) que vou buscar algumas fundadas(?) esperanças de que o governo de Passos Coelho possa vir a aplicar medidas concretas de redução de despesas do Estado (afinal, foi provavelmente por causa deste tipo de propostas que o presente governo foi eleito). Num post de 30 de Junho de 2010 chamado "O preço da irresponsabilidade" Álvaro Santos Pereira sugere medidas concretas de corte de despesa e conclui escrevendo "Se faltam recursos devido ao descontrolo orçamental deste governo, então que se cortem despesas e não se aumente a carga fiscal de uma economia com tantos problemas de competitividade".
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