Gostei de ler a entrevista ao actor Miguel Guilherme no Jornal i. Aliás, o título da entrevista diz (quase) tudo: "Estou-me a cagar para a política cultural"
Pergunta do Jornal i:
Como tem visto as mudanças na política cultural em Portugal? Sempre que vem a crise, lá se sacrifica a cultura.
"A cultura tem de deixar de ser tão mariquinhas. Eu não gosto de choramingões, e há trinta anos que vejo gajos a choramingar e a traírem-se uns aos outros, a andar de punho cerrado e por trás a lamber o cu ao ministro ou ao secretário de Estado. Por isso, sabes o que te digo, eu caguei. Podes mesmo escrever, eu caguei para isso, cago para a política cultural."
Uma coisa parece certa: não iremos ter Miguel Guilherme em futuras manifestações dos designados agentes culturais a reclamar ao Estado mais dinheiro para subsidiar espectáculos tipo "aeroporto de Beja".
Também ao nível da cultura devem existir mudanças significativas, de modo a que seja dado maior apoio às entidades e companhias que mostram um desempenho visível e minimamente quantificável na realização de eventos culturais.
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