Relevo, aqui, três momentos que considero marcantes na sua vida política:
- 1974 a 1976 no combate ao PREC, assegurando a introdução de um sistema político democrático em Portugal;
- Em 1985, como primeiro ministro, ao liderar e assinar a entrada de Portugal na CEE;
- Em 1986, ao tornar-se o 1º Presidente da República civil após o 25 de Abril contribuindo, de forma decisiva, para a consolidação de um sistema democrático sem tutela militar.
Li e reli a entrevista de Mário Soares concedida à Revista Única (do Expresso). Mário Soares, apesar ou, provavelmente, por ter 87 anos deve continuar a ser ouvido. Mantém a sua crença no designado socialismo democrático e no federalismo europeu. Da entrevista, retiro duas ideias principais:
1. A Europa deve caminhar para o federalismo, ou seja, para a existência de um governo europeu dotado de meios financeiros próprios;
2. O capitalismo é o modelo que temos e não existe outro para o substituir. Mas precisamos que tenha princípios, seja ético.